Você sabia que pode ter direito a reaver valores pagos a mais ao INSS? Muitos trabalhadores, especialmente aqueles com mais de uma fonte de renda ou que contribuem como autônomos e CLT ao mesmo tempo, acabam ultrapassando o teto previdenciário mensal sem perceber — e esse excesso pode ser restituído.

Neste artigo, explicamos de forma completa e acessível o que é essa restituição, quem tem direito, como identificar valores pagos além do teto e o que fazer para solicitar a devolução.


O que é o teto do INSS?

O teto do INSS é o valor máximo que pode ser considerado para cálculo das contribuições previdenciárias e dos benefícios pagos pela Previdência Social. Em 2025, por exemplo, o teto previdenciário é de R$ 7.786,02.

Isso significa que, independentemente do valor da sua remuneração ou do número de vínculos empregatícios, o INSS pode considerar contribuições até esse limite mensal.


Quando ocorre o pagamento acima do teto?

O pagamento acima do teto geralmente acontece em situações como:

  • Dois empregos CLT ao mesmo tempo, onde os empregadores não têm conhecimento um do outro e ambos recolhem INSS sobre valores que, somados, ultrapassam o teto;

  • Trabalho CLT e contribuição como autônomo ou MEI;

  • Erros no preenchimento da GPS (Guia da Previdência Social);

  • Contribuições como facultativo enquanto ainda havia vínculo empregatício ativo.

Essas contribuições somadas ultrapassam o teto legal permitido, e a parte excedente pode ser restituída.


O que é a restituição do INSS?

É o processo pelo qual o contribuinte solicita à Receita Federal a devolução dos valores pagos indevidamente ao INSS, quando as contribuições ultrapassam o teto permitido em determinado mês.

A restituição pode ser solicitada nos casos em que o contribuinte realmente pagou a mais — ou seja, o total das contribuições em um mesmo mês excedeu o valor devido. Esse excedente pode ser restituído ou compensado com tributos futuros.


Quem tem direito à restituição?

Podem ter direito à restituição:

  • Trabalhadores com dois ou mais vínculos CLT ativos;

  • Pessoas que contribuem como CLT e também como autônomas ou MEI;

  • Contribuintes que realizaram pagamentos em duplicidade por erro ou desinformação;

  • Aqueles que fizeram contribuições como facultativo, mesmo tendo vínculo formal ativo no mesmo período.

 


Qual é o prazo para solicitar a restituição?

O pedido de restituição deve ser feito em até cinco anos contados a partir da data do pagamento indevido. Após esse prazo, o direito prescreve e não é mais possível reaver os valores.


Como saber se você pagou acima do teto?

Para identificar se houve contribuição acima do teto, é necessário:

  1. Ter acesso ao seu CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais);

  2. Reunir seus holerites e comprovantes de pagamento da GPS, quando aplicável;

  3. Realizar um cálculo técnico que compare as contribuições mensais com o teto vigente à época.

Esse cálculo deve considerar todas as fontes de renda e contribuições de cada mês, o que exige atenção técnica e domínio das regras previdenciárias e fiscais.


Como fazer o cálculo da restituição?

O cálculo envolve:

  • Levantar todos os salários de contribuição por mês;

  • Verificar o valor do teto previdenciário vigente em cada mês;

  • Identificar os valores que ultrapassaram o teto;

  • Calcular o total pago a maior e preparar a documentação para o pedido de restituição.

Por se tratar de um cálculo técnico, com impacto direto na análise da Receita Federal, é altamente recomendável que seja feito por profissionais especializados.


Como solicitar a restituição?

O pedido é feito junto à Receita Federal, por meio do PER/DCOMP (Pedido Eletrônico de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação), disponível no portal e-CAC da Receita.

Será necessário apresentar:

  • Cópia dos comprovantes de recolhimento (GPS ou holerites);

  • Cálculo detalhado do valor pago a mais;

  • Documentos de identificação do contribuinte;

  • Justificativa e documentação técnica que comprove o excesso de contribuição.


A importância de contar com um cálculo profissional

Um cálculo incorreto pode levar ao indeferimento do pedido de restituição. Além disso, o processo exige conhecimento técnico tanto das normas previdenciárias quanto dos procedimentos da Receita Federal.

Na J&R Cálculos, realizamos uma análise minuciosa do seu histórico de contribuições, identificamos valores pagos indevidamente e preparamos toda a documentação necessária para o seu pedido de restituição, com clareza, precisão e respaldo técnico.


Conclusão

Se você possui mais de uma fonte de renda ou contribuiu ao INSS como CLT e autônomo, é possível que tenha direito à restituição de valores pagos acima do teto. Mas para garantir esse direito, é essencial realizar um cálculo técnico detalhado e apresentar o pedido de forma correta.

Não perca tempo e nem dinheiro. Entre em contato com a J&R Cálculos e descubra se você tem valores a receber.

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